segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Aos amigos de sempre

Tive notícias recentes dos meus amigos de sempre...

Velhos amigos que de crianças cresceram. Amigos que pequenos se formaram. Amigos que bobos continuaram e que bobos amadureceram.

Os amigos de sempre, do telefone perdido, do beijo guardado, da lembrança eterna. Os amigos que de longe sempre estão juntos e que de perto seguem mais juntos.

Que ligam no Natal, que comemoram o Ano Novo, que permanecem em todos os meses.

São os amigos farmacêuticos, biólogos, fisioterapeutas, jornalistas, advogados.

Os amigos das férias, do outono, da tarde, do gesto, da palavra. De todos os tipos, do mesmo tipo, da mesma mania, das diferentes festas.

Os amigos das fotos, das cartas, das poesias, das risadas.

São amigos em tempo integral, em tempo curto, determinado ou interrompido.

Amigos que eram gordos, magros. Amigos que eram magros, gordos. Amigos altos, agora baixos e baixos, agora altos. De sorriso fácil, expressão difícil. De debate leve e bate-papo denso.

Os amigos que mudam de vida, telefone, faculdade mas que se mantêm amigos. Os amigos que continuam na mesma rua, com a mesma camiseta e o mesmo tempo.

Os amigos que se redescobrem e que se escondem. São tanto amigos, os mesmos amigos.

Que tinham 7 anos e 14 se passaram. Os que tinham 5 e 16 se passaram. Os que tinha 10 e 11 anos se passaram.

Não menos que uma década separa o início do meio porque não terá fim.

E enquanto exisitirem, minha caminhada não será interrompida.

Porque muitos vão e vem, mas vocês, amigos, ficam.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O que não é meu...

Minha intenção de criar um blog há dois dias atrás é manter viva minha criatividade, pensar em coisas novas, escrever de um jeito diferente. Tentei ontem e não saiu nada...

Hoje, dentro do ônibus, pensei: "Vou escrever no MEU blog que em 2009 vou emagrecer. Emagrecer mesmo para não ficar igual a gorda de regata listrada branca e laranja que estava na minha frente". Foi só isso que eu pensei e desisti de pensar. Com que objetivo alguém ia entrar no MEU blog para ler uma coisa dessa?!

Depois pensei em escrever: Sinto cheiro de férias no ar... Péssimo!

Por fim decidi copiar um texto que acabei de receber do diagramador do TCC. Ele escreve mto melhor que eu:

"Um ano, quando chega, tem jeito de caderno limpo, roupa nova, lápis com a ponta fina. Tem gosto do primeiro chocolate da caixa, de água fria na manhã quente, de manteiga no pão fresquinho. Parece uma música que ouvimos pela primeira vez, a parede de uma casa nova, uma conversa com um amigo recente.

Um ano quando chega, provoca em nós o assombro do índio diante do apito e do branco diante da oca. O dia 1º de janeiro é aquele momento, rápido e mágico, em que ultrapassamos a porta do aeroporto (ou da rodoviária) diante de uma cidade para onde nunca fomos.

Caderno, roupa, lápis, chocolate, água, manhã, manteiga, pão, música, parede, casa, conversa, amigo, índio, apito, branco, oca. Aeroporto e rodoviária. Todas essas coisas já conhecemos. Mas como é bom olhar para elas e perceber que, tão iguais, chegam a ser diferentes."
Esper Leon

E eu não vejo a hora de 2009 chegar!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O nosso reveillon

PS: Inicio com o que terminei no outro. Mas o outro não morreu. Eles cumprem objetivos diferentes. E assim vai ser.

E tudo vai acabar coo começou: numa grande festa.
Brindaremos com cidra a meia-noite que chega, o ano que acaba e que termina quase ao mesmo tempo. Nos abraçaremos suados, juraremos amor eterno, amizade pro resto dos dias. A lágrima de felicidade vai se confunir com o aperto. Vamos dançar, cantar. Os gritos se distinguirão da música alta, o pé se lambuzará de areia e sal e nós vamos rir de tudo.
Comeremos miojo, empilharemos latinhas, sujaremos o chão e limparemos a mente. O baralho, algumas doses de vodca, o pé pra fora do colchonete e as sungas estendidas no varal.
E lá resgataremos lembranças, registaremos cliques, criaremos histórias, reinventaremos a vida.
A certeza nunca terá sido tão intensa, as palavras serão insuficientes e os abraços não bastarão.
Serão poucos e intensos dias. Assim como foram poucos os anos e como foi intensa a jornada.