quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A, e ,i o, uhhhhhhh!

Um mundo de onomatopeias. Seria prático se a gente pudesse grunhir ao invés de falar... uma desevolução no sentido científico, uma evolução no sentido prático. O grunhido evitaria explicações, más interpretações.

Poderíamos grunhir mais do que falar porque falar exige que você escolha as palavras certas, nas horas certas. Mas você poderia muito bem grunhir no vagão lotado do metrô. Grunhe pra vc ver... é que nem palavrão. Você grunhe e alguns quilinhos saem do seu ombro, da sua cabeça, da sua mente ou seja lá de onde for.

Hoje eu quase grunhi váaarias vezes não por minha causa, por causa dos outros. Grunhidos de vergonha alheia, sabe? Infelizmente, meu manual de conduta me impediu que o feito se concretizasse. Ao invés de grunhir, fui ao banheiro, joguei uma água na cara e voltei ao computador como se (quase) nada tivesse acontecido.

As onomatopeias (que atualmente estão sem acento) de hoje seriam: "nuusssssshhhh", "hummmmnnnnhhhhhhh", "ihhhcarai", "afemariamãededeuspaidocristosanto". E a mais comum: ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh", bem estridente.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Transformação capilar

Agora falando sério. Sério? Sério nada? O que pode ter de sério no post a seguir? O sentimento é sério. Sério mesmo apesar de não parecer.

Eu cortei o cabelo. "Ohhhh", os engraçadinhos vão dizer. "Mas eu cortei muito", poderia justificar minha excitação.

Mesmo assim. Milhões de pessoas por dia cortam o cabelo, pintam o cabelo, alisam o cabelo, encarolam o cabelos, destróem o cabelo e nada muda.

Nada muda para quem?

Eu cortei o cabelo e apesar da grande maioria das pessoas terem percebido, esse fato não mudou em nada a vida delas. Mas a minha sim.

Desde o dia em que aqueles fios ficaram no salão do cabeleireiro tudo mudou. Como? Não sei.

Mas faz cinco dias que acordo diferente. Mais confiante, mais decidida, mais dona de mim, com a auto-estima mais elevada.

A hipótese mais aceitável é que junto com o cabelo mudei também meu guarda-roupa. Em uma semana comprei 13 peças de roupa e mais dois broches.

Do dia para a noite passei a me arrumar melhor e ter um cabelo lindo, fácil de pentear, moderno e pronto.

Minha vida, então, pode ser dividida entre A.C. (antes do cabelo) e D.C (depois do cabelo).

Aliado a tudo isso tem minha satisfação pessoal e profissional: em casa tá tudo bem, não tô doente, amo meu namorado, saio para comer e ir ao cinema e tem fins de semana que eu viajo. Arrumei uma parte do meu armário, doei algumas roupas, estou indo bem no espanhol, minha conta está positiva. Amo meu trabalho, adoro a redação, gosto de escrever e trabalho seis horas por dia (claro que sempre um pouco mais).

Conclusão: tudo junto e misturado. Me sinto mais madura e o cabelo, dizem as pessoas, me deixou com cara de mais velha. Com ele, entro em uma nova fase da minha vida.

Se todos soubessem como essas pequenas transformações podem causar revoluções... É sério!

domingo, 21 de junho de 2009

Apenas um pedido

Pede para parar, pede? Não para sempre, só por instantes. Ufaa... o alívio, a falta do que fazer, a preguiça, o edredom. Só mais um pouquinho... sem pressa. Inspira e respira e dorme e dorme mais e acorda e dorme.

Pega o livro, abre, lê, vira de um lado, vira de outro, escorrega na grama, brinca com a formiga, olha pro lado, espreguiiiiiççççaaaaa longo. Conta as nunvens, as estrelas, as árvores, os bois, as cercas, as placas. Relaxa e dorme.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um mundo em 140 toques

Estou no Twitter: twitter.com/karinapadial.

Resisti mas entrei. Descobri que o Twitter é dos jornalistas. Ô povo pra gostar de escrever. Tem a Globo, a Band, a recor, o Noblat, a Rosana Hermann, o Sérgio Dávila, o Daniel Castro. Tem CQC, tem Pânico, tem Ana Maria Braga. Tem tudo....

Eu precisava entrar né? Jornalista que não tá lá, tá "out", no sentido literal e não-literal da expressão.

Agora fora as bobagens que existem em QUALQUER lugar, o Twitter é uma excelente fonte de informação. Vejam: no meu primeiro dia no universo dos 140 toques vi uma potencial notícia: Falha da Record durante transmissão de A Fazenda. E num link estava a imagem de um GC que anunciava 15 minutos antes da eliminação de um dos participantes seu derradeiro fim. "Luciely eliminada com 50%".

Peguei essa info, postei no BlogImprensa fazendo um link com outras notícias. Raciocínio: Falha na A Fazenda; investimento pesado neste reality show não garante liderança maior que Pânico; Pânico entrevistando o Silvio Santos original; e Silvio Santos oferecendo R$50 milhões para o Ronaldo, no ar. E foi desse último elo da cadeia que baixei o vídeo no YouTube.

Me achei!! Interação total entre as tecnologias. Twitter, blog, YouTube. Viva a era digital.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dai-me paciência!

Rodrigo Manzano, diretor aqui da revista, me alertou para o problema. Na era virtual as pessoas não esperam a gente terminar a frase e já emendam: pode mandar sua solicitação por e-mail. Mas quem disse que eu tenho uma solicitação? Ou que se eu tiver eu quero escrever por e-mail?

O exemplo de hoje o e-mail não está ligado diretamente ao correio eletrônico, mas demonstra bem a ansiedade das pessoas em resolver logo a situação ou transferir o problema para terceiros.

- Alô, aqui é a Karina, da Revista Imprensa. Tudo bem?
- Tudo.
- É do departamento de arte do Correio Popular.
- É sim.
- Será que você poderia me ajudar: É o seguinte: a Revista Imprensa tem uma seção chamada "Traço" na qual fazemos um perfil de um ilustrador e publicamos alguns trabalhos deles. Nessa edição gostaríamos de convidar o Dalcio, ilustrador aí do Correio, para participar. Sei que ele não fica aí na redação, então, queria um contato dele. Será que você tem?
- Olha, acho que não é com a gente. Vou te tranferir para o Departamento de Marketing.
- Departamento de Marketing?
- É , eles vão saber te orientar melhor.
(Momento)
- XXXX, do Departamento de Marketing, pois não.
- Aqui é a Karina (e a história se seguiu como a de cima)
- Olha, isso não é com a gente. É com o departamento de arte.
- Mas foi exatamente eles que me passaram para você.
- Mas isso não é aqui não. Vou de transferir para lá.
(Não aguardei e desliguei o telefone).

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Paródia da vida humana

Ele ficou até tarde, tomou conta do lugar. Ao sair, tinha a certeza de que sabia fazer o melhor. Apagou as luzes e de madrugada dormiu. Sem enrolação, cedo se pô de pé ao lado da cama, se espreguiçou lentamente e seguiu. A cidade estava nublada, cinza e com uma garoa proeminente. Quando abriu a porta não estava sozinho, é verdade, mas isso não impediu que tomasse conta do lugar. Sentou como se a cadeira fosse um trono e de lá começou a dar ordens, organizar a papelada e valorizar todo o processo. De uma pequena brecha construiu um império. Um império de uma tarde, falso e frágil como um castelo de cartas. O sopro veio ainda no final daquele dia. De tanta soberba e vaidade, que foram tomando conta ao longo do dia, se equivocou, quando na hora mais crítica, precisaram da opinião dele. Os eleogios de confundiram com as críticas. As cadeiras antes de majestade ficaram menores e mais baixas. Da cabeça alta passou para o olhar cabisbaixo. Saiu pensantivo e ainda reflexivo colocou os pés dentro de casa. Mas na hora de contar para sua mulher o que tinha acontecido, voltou atrás: Sim, eu sou o melhor.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Juventude jornalística perdida... desabafo

Sabe o que me irrita, e hoje é um dia em potencial para isso?

Jornalista se auto-censurando.

Alguém pode me explicar por quê?! Medo?!

Quem inventou que a função do jornalista é podar o que pensa, o que escreve? Se fosse assim não teríamos tido um jornal alternativo na época da ditadura... já imaginou? Que fique claro que a nossa função é escrever, denunciar, falar. Sem mais nem menos.

Aiiii... esses jovens de hoje!

Síndrome da falta do amarelo

Sabe o que eu penso?

Que são nesses dias cinzas que mais deve ter sucídio.

Porque num dia de sol, calor nas ruas, uma deliciosa casquinha, garotas semi-nuas e semi-deuses malhados quem vai querer se jogar da ponte?

Agora com essa névoa enconbrindo a cidade, com menos sorriso no rosto das pessoas, capuzes e cachecóis, a pessoa não pensa nem duas vezes. Puxa o gatilho logo.

O tempo está tão "xoxo" - sei lá como se escreve isso - que, desculpe-me por isso, tive que tocar no assunto.

E não... fiquem tranquilos. Isso não é uma carta de despedida... Em nenhum momento passou pela minha cabeça entrar na frente de um trem. Não... sai fora. Mas é que estou com um desânimo, uma irritação latente... Se alguém falar alguma coisa de errado... ah, vai ouvir.

Culpa desse dia e dessa persiana cinza.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Portunhol

A mi me gusta mucho las clases de español. Me gusta hasta el momento en que termina porque después es un infierno... Yo sigo todo día hablando y pensando en español....

Cuando llamo mi novio en teléfono, él es obligado a me escuchar cantando feliz de la vida palabras que no hacen muy sentido pero que solamente por ser en español me gustan...

Un infierno...

Vuelvo a mi casa hecho una loca, hablando sola en español. Hoy, por ejemplo, caminé por toda la Av. Paulista charlando acerca de mi trabajo. Yo e yo.

Muchas personas puedem creer que eso sea bueno para mi estudio pero tiene un momento que empieza a me enfezar. Y enfieza tanto y tanto que llegó la hora que yo resolvi escribir...

Quiero ver si así yo consigo tirar las palabras de mi mente y dejarlas acá!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

2 Patinhos

E de repente se fez os 22 anos. De repente sim porque antes de ontem eu tinha 17. Sem tirar nem por. Eram 17 os anos, quando entrei na faculdade, me deparei com aquele corredor, me assustei e voltei pra casa agarrada no colo da minha mãe.

Hoje são 22, já somando os quatro meses de formada, os três anos de estágio-trabalho, as contas para pagar no fim do mês e a tabela no Excel para controlar os gastos. “Novinha” é o que as pessoas me falam. Eu não duvido delas que têm mais 50, mas eu já penso em poupança e em previdência privada. Isso é ser novinha?

Novinha é quando vamos à escola, levamos lanche e pintamos os cartazes para o Dia da Independência. Quando a tia é que dá as lições e quando ensaiamos para o Festival da Canção.

Nada de depressão ou saudosismo exagerado. Apenas uma constatação. Felicidade resumiria bem meu estado de espírito nesse momento. Só que assim... tipo assim... - lembrei de um personagem feito pela Heliosa Perisse que falava desse jeito – foi tudo muito rápido, cara... Muito rápido messssmo.
Tudo mudou, nada mudou. Entendem essa contradição? Quando eu preciso corro para o colo da minha mãe.

domingo, 26 de abril de 2009

Um note para recomeçar!

Meu recesso acabou antes do que eu previa... simplesmente porque com ferramentas novas nas mãos não podia deixar de escrever.

Quando meu TCC estava morno, sem grandes novidades e eu estava numa enrolação só para começar a escrever veio uma novidade que transformou seu percurso. Ganhei vida nova com um novo computador... prêmio da Semana Estado de Jornalismo.

Espero que esse notebook, do qual faço meu post, traga com ele também boas energias, fôlego novo, experiênicas transformadoras que são sempre necessárias para nos fazer refletir e crescer.

Um veio para coroar minha dedicação e adoração pelo jornalismo e pela escrita. O outro para marcar as passagens: formatura, efetivação e, enfim, os 22 anos.

Deixarei aquele pelo qual tenho um afeto imenso por esse que representa todo meu espírito nesse ano de inúmeras conquistas.

Me conforta o fato dele ir para as mãos de quem o merece imensamente: minha mãe.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Apenas alguns dias

Fechada para recesso enquanto escrevo matéria sobre a votação da Lei de Imprensa em Brasília...

Aliás... por que eles podem ter recesso e eu não?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Além das quatro paredes...

Junto com aquelas portas, vou abrir um sorriso.
As novas cores na parede também renovarão meu espírito.
Cada pincelada representará todos os passos que demos para chegar lá/aqui.
E são muitos..... Como são muitas as mãos de tinta.
A chave para vida que se iniciará.
Antes tarde do que nunca!
Seremos nós como sempre e só nós como quase nunca.
E mais e mais se juntarão, comemorarão e festejarão com os brindes.

Como eu quis... mas como duvidei.
Não há mais incertezas, ela existe.
E em cada milímetro quadrado terá o nosso jeito, nosso cheiro e nosso som.
Entendo sua importância e ela entenderá a minha.
Seremos felizes!

Bem vindos a minha casa!!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Como sobreviver à Páscoa quando estamos de dieta

Não gosto de chocolate!
Não gosto de chocolate!
Não gosto de chocolate!
Não gosto de chocolate!
Não gosto de chocolate!
Não gosto de chocolate!
Não gosto de chocolate!
Não gosto de chocolate!

Eu odeio chocolate!
Eu odeio chocolate!
Eu odeio chocolate!
Eu odeio chocolate!
Eu odeio chocolate!
Eu odeio chocolate!
Eu odeio chocolate!
Eu odeio chocolate!

Chocolate é horrível!
Chocolate é horrível!
Chocolate é horrível!
Chocolate é horrível!
Chocolate é horrível!
Chocolate é horrível!
Chocolate é horrível!

Eu amo peixe, alface e tomate!
Eu amo peixe, alface e tomate!
Eu amo peixe, alface e tomate!
Eu amo peixe, alface e tomate!
Eu amo peixe, alface e tomate!
Eu amo peixe, alface e tomate!
Eu amo peixe, alface e tomate!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Notícias do planalto

Brasília não tem calçada. Mas a cidade construída pros carros também não tem estacionamento. Uma coisa meio confusa reina por aqui.

Em compensação nunca vi tantos projetos arquitetônicos bonitos por m² como vi aqui. O Congresso, por exemplo, está no meio de um projeto espelhado: de uma lado o Planalto, do outro o Supremo; iguais.

E para quem, como eu, nunca tinha vindo a Brasília e só conhecia o Congresso por fotos, as meias circuferências que são seus marcos estão à frente do prédio central e não ao lado. Prédio esse circundado por um lago, no qual vira e mexe, quando tem manifestação, um doido pula.

Mas não é só isso. Para quem conhece a Oca, do Parque do Ibirapuera em São Paulo, algo muito parecido abriga, no meio de uma das avenidas, uma biblioteca. Há também o Teatro Nacional, outra bela obra.

Os prédios dos Ministérios, todos iguais, formam um corredor porque metade deles está de um lado da avenida, metade do outro.

Tirei fotos de dentro do táxi, parecia uma turista maluca. Mas vai... se eu não fizer isso hoje vai saber quando vou ter essa oportunidade de novo...

terça-feira, 31 de março de 2009

Coisas que você só presencia no transporte público

Luz, câmera, ação!

Claquete 1

Cena única: Um personagem X entra no ônibus e é imediatamente parado pelo motorista. Prevendo uma gracinha qualquer pensa em não dar bola. O motorista insiste cutucando o personagem que fica esperando o motivo daquilo. O motorista suspira "ahfdakdhkasdh vip". "Hã?", questiona o personagem. "Fecha o seu 'zip'", repete. O personagem olha para baixo e lá está a braguilha escancarada.

terça-feira, 17 de março de 2009

Uma chuva que te inspire

Posso saber o que você tem nessa cabeça oca? Por que não acorda para o mundo, abre os braços, rodopia e coloca o pé na chuva? Por que se espreme entre tantos outros e não abre os olhos embaixo da água? Por que faz isso? Você já se arriscou alguma vez na vida?

O dia em que você aprender a olhar os outros com mais entusiasmo, as oportunidades com menos tédio e os livros com mais desconfiança, vai saber o verdadeiro tempero das pequenas coisas.

Larga mão dessa mesquinhez de sentimentos. Suba o telhado e grite para todo mundo que você quer mais. E quando estiver lá em cima, alcance as nuves com as pontas dos dedos, solte uma gargalhada e veja que tudo pode ser mais bonito. Pode ser e é.

Você não percebe que quanto mais você se afasta mais difícil ficam as coisas? Eu custo a acreditar nessas suas atitudes. Quando, enfim, você perceber o tempo que perdeu, faltará pessoas que te acompanhem, minutos que ter sirvam e lugares que te acolham.

Sem que você possa renascer.

Sem que você possa retomar.

Sem que você possa recomeçar.

Fim.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Adrenalina pura

Se eu não trabalhasse na Revista IMPRENSA (eu prefiro bem mais essa revistinha querida que eu amo!) trabalharia na Rádio SulAmérica Trânsito dirigindo pelas ruas de São Paulo.

Na segunda-feira, dia 03, fui fazer uma matéria para a seção "Bastidores" da Revista com o pessoal da Rádio SulAmérica. (queria fazer essa matéria desde que a emissora surgiu, há dois anos)

Acompanhei, de dentro do carro, três horas do dia da repórter Natalia Marques que vai dirigindo seu próprio carro e passando os boletins - quatro a cada hora - ao vivo.

Ela e mais sete repórteres, todas as mulheres e novinhas - a mais velha tem 30 anos - rodam pelas quatro zonas da cidade. Eu acompanhei a Zona Leste, com direito a acidente e tudo.

Cheguei tão e tão empolgada em casa que quis pegar o carro e sair me aventurando pela cidade. Meus pés estavam doidinhos para acelerar. Como tinha jantar das luluzinhas, peguei emprestado o carro do papis e encarei SOZINHA, pela PRIMEIRA VEZ, a Avenida Paulista e a Dr. Arnaldo, além de pegar uma ladeira imensa que nem no freio de mão o carro parava. Ainda bem que não tinha nem outro veículo atrás de mim. Meu carro desceu um pouco e eu sai acelerando.

Emoção!

terça-feira, 3 de março de 2009

Uma imagem vale mais que mil palavras

Uma imagem para alegrar (?) o dia e o blog.





Para quem não conhece a história da "ditabranda" - coisas da Folha de S. Paulo - leia aqui.


Sem mais,

Karina Padial

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O melhor presente do mundo

Na iminência da perda, no toque de recolher, na gota que se despreende os laços ficam mais fortes, a mão se aperta contra o corpo e o sorriso teima a desaparecer. E assim se revela o lado mais puro e duradouro do sentimento.

Onde reside a alegria e a felicidade, a esperança, o desejo, a paixão, não moram a tristeza, o tédio, o rancor e a mágoa. Mas assim, entre um gole de café e um bocejo, os habitantes de um lado passam a duelar com os do outro. A confusão está armada e as lágrimas, reflexo dos golpes de espada, começam a rolar para banhar onde não há luz.

Mas daí começam os beijos, os abraços e os carinhos e os inimigos naturalmente acabam a batalha, declarando que só há um vencedor. Até que um outro dia os acordos de paz são quebrados e o conflito é retomado. As cenas se repetem, mas enquanto as flores não murcham - elas duram mais de ano - nada acaba em tragédia.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Visita da cegonha

Que eu engordei um tanto nesses últimos tempos, a balança já me mostrou. Que eu estou um "pouquinho" acima de meu peso, também já é sabido. Agora grávida? Vápaputaquepariu né!?

Pois é! A história é verídica e acabou de acontecer comigo, há uns 15 minutos atrás.

Cheguei no prédio do meu trabalho, peguei o elevador e uma senhora me fez companhia. Por volta do 2º andar - eu paro no 6º - ela com toda simpatia que a terceira idade proporciona, passa a mão na minha barriga e dispara como se fosse a coisa mais natural do mundo: "Tá esperando bebê?".

Imediatamente, minha cabeça que não costuma funcionar sobre pressão, entendeu que se eu falasse que não, a senhora ia ficar extremamente sem graça e ia tentar justificar sua afirmação. Respondi de bate e pronto: "Tô sim". "E é menina?", ela continuou. Gostando dessa historinha emendei: "Ainda não sei". E a conversa parou por aí como se nunca tivesse existido.

Talvez ela tenha percebido a mentira. E eu rindo imensamente por dentro, torcendo para que aqueles andares passarem logo.



PS: Todos juram que essa impressão é por causa do meu vestido. Minha mãe tinha alertado sobre isso ainda no provador da loja. Eu continuo achando que preciso emagrecer!

PS2: Devia ocultar esse post porque ele é um tanto queima filme. Mas eu simplesmente não guentooooo!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Colombina e pierrot

"Mas é Carnaval. Não me diga mais quem é você. Amanhã tudo volta ao normal. Deixa a festa acabar. Deixa o barco correr".

Faria 365 máscaras. Calçaria os sapatos, vestiria o casaco e colocaria a máscara. Sairia despretenciosamente na rua anunciando o meu estado de espírito. Me pouparia de ofensas gratuitas, de sorrisos forçados. Me daria abraços calorosos, mãos amigas. Nos dias mornos, um leve sorriso, um aperto de mão e uma palavra mais carinhosa. E da mesma forma que poderia esconder, revelaria, tímida e silenciosa, quem eu gostaria de ser naquele dia. Somente naquele dia.



PS: Comemoraremos do jeito que começamos. Viajando com os amigos, com beijos de madrugada e tudo se revelerá tão encantador como na primeira noite.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Bacon é vida?

Sou obrigada a plagiar o assunto tratado no blog da revista pelo diretor editorial. A Folha de S. Paulo de hoje, dia 11, traz uma matéria de três páginas, para a qual foi escalada três repórteres, sobre bacon.

Nada contra o alimento em si (apesar de particularmente não gostar). O problema é a falta de assunto. Poderíamos, então, tratar sobre queijo, chocolate ou uvas passas? É mais do óbvio e lógico que existem sites e comunidades no orkut dedicados a todas essas comidinhas.

A "forçação" de barra é tão grande que para ter algum nexo essa matéria precisou do seguinte subtítulo: 'Na contramão da onda da saúde, apreciadores de gordura fazem banquete na internet'. (Dispensa comentários).

Ao todo mais de 47 links espalhados nas três páginas indicam referências sobre bacons. A seção Torresminhos, por exemplo, revela que uma loja virtual vende pendrives em forma de bacon (mas também de pizza, hambúrguer e asa de frango). É por meio dessa seção, que ficamos sabendo, também, que um relógio de pulso traz uma pulseira em vinil que imita o corte do bacon e um mostrador no qual um bacon estilizado sorri para o dono.

Mas as atrocidades jornalísticas não acabam por aí. Na matéria também é revelado que existe vodca aromatizada com bacon e soverte com pedaços de bacon (ahhh... nojo!). e o despertador que te acorda com o cheiro de bacon, desde que você coloque uma fatia dentro. Para encerrar, uma foto de uma mulher com os seios cobertos de bacon.

Tudo isso significa, na minha humilde opinião, que os jornais tratam seus leitores como porcos, entuchando matérias garganta a dentro.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sinal de fumaça

Sabe o que achei engraçado hoje?

Um cara conhecidíssimo, desses que se você falar pra alguém que seja só um pouco informado vai saber quem é, desses bam bam bans da área em que atua, nada de muito requintado, não precisa nem falar mais de uma língua. Um cara das antigas. Combateu a ditadura por meio de desenhos. Enfim, esse cara aí que não vou falar o nome, ligou hoje pra redação da revista querendo saber o telefone da assessoria de imprensa da Eletropaulo pra resolver um problema de falta de luz.

1 - A assessoria de imprensa não resolve isso. (eu acho).

2 - Ué, precisava ligar lá na minha humilde redação?

Resposta pro 1. Só se o cara se achar tão bam bam bam que tem a modesta intenção de mobilizar meia dúzia de jornalistas pra fazer sua luz voltar.

Resposta pro 2. Se ele é tão bam bam bam assim, tem mais contatos do que a gente da revista. Mai gente influente que pode resolver o problema e mais gente ainda que pode ter esse contato. Nós não somos amiguinhos dele. Mais: era só o cara entrar no site da Eletropaulo e pegar esse telefone, né!? Você, meu caro internauta, vai falar: mas ele estava sem luz. E vai me dizer que um cara desses, tão bam bam bam, não tem notebook? Ah vai...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O mais grave erro de concordância

Tá bom, tá bom! Eu não resisto. E como não resisto, aqui vai uma, apenas uma, palhinha da minha formatura.

Episódio I - A gafe na colação



Faltou concordância. Sobraram risadas.

Dito popular

Devo não nego, escrevo (sobre a formatura) quando quiser.

Deseducando...

Andar de ônibus é uma experiência rica, quer dizer é pobre, mas rica. Entende? Toda vez que eu ando de ônibus (todo dia, saco!) as histórias se transformam automaticamente em posts.

Olha essa: antes de passar a catraca vi que tinha uma menininha (uns 8 anos) sentada num banco sozinha, mexendo num celular que gritava e quanto mais ele gritava mais ela o chacoalhava. Era uma mistura de chiado com música alta. Na hora pensei: 'quem é a mãe irresponsável que deixa uma coisa dessas?'

Passei a catraca e me deu vontade de falar pra cobradora: 'nossa, essa menina não tem noção mesmo. Um pita som alto dentro do ônibus. Fiquei em pé porque o ônibus estava cheio, como sempre.

Sou daquelas que imaginam histórias para cada pessoa em que fixo a atenção. Como podem ver, dessa vez foi a criança. E pensamento vai, pensamento vem fiquei indignada e incomodada com aquela música alta em que determinado momneto achei ser gospel. Pior.

Fiquei imaginando. 'Pra ela estar sozinha aí deve ser filha da cobradora a cobradora não devia ter com quem deixar a menina que deve estar de férias da escola então trouxe a menina pra passar calor com ela como a menina também não tem o que fazer dentro do ônibus fica brincando com o celular da mãe e ouvindo música no último volume e isso é pior ainda porque sendo filha da cobradora ela não deveria fazer uma coisa dessas deve existir uma norma que som alto não pode dentro do onibus e eu acho que eu já vi uma plaquinha dessas no onibus mas aqui parece que não tem essas plaquinhas devo ter viajo essas plaquinhas não existem mesmo e além de tudo essa cobradora deve ser evangélica e ficar ensinando a filha a escutar essas músicas'. E na cabeça, as frases não têm ponto, nem vírgula, nem pausa. Só parei quando ela falou: "Mãe!" Sabia, não falei?

E logo em seguida um senhor bem distinto 'daqueles que devem estar andando de ônibus só porque é dia de rodízio' falou para a cobradora: "você podia pedir pra ela abaixar um pouco o som, né?". E foi para a parte de trás do ônibus.

Não era só eu que estava incomodada. A mãe/cobradora não gostou e eu ouvi: "Filha, abaixo esse som que aquele velho ali pediu". A menina inocente/perversamente perguntou alto: "Que velho, mãe?". Eu ri baixinho e baixinha ficou também aquela música. A mãe não se contentou: "Filha, aumenta mais vai... eu também quero escutar".

Moral da história: algumas mães DESEDUCAM seus filhos.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A despedida

Amanhã cruzo uma barreira sem volta. Minha fase de cadernos revirados, estojos incompletos, listas de presença e um pouco de descontração após a aula (seja ela na porta da escola ou dentro de um bar) acabaram.

Quando acordar no dia que abre fevereiro serei a Karina jornalista, a Karina profissional, a Karina trabalhadora e não mais a estudante de tantos anos.

Acabará nas horas que intermediarão a euforia e o amanhecer aquilo pelo qual tanto tempo me dediquei, aquilo que me consumiu, que me deu prazer e trouxe angústias. Os estudos se encerram assim, numa pista de dança.

Aos menos idealistas e politicamente corretos digo que apesar de nunca as leituras se cessarem ou até mesmo as aulas voltarem a existir na minha vida nada será como antes, simplesmente porque a alma de aluna será abandonada junto com a maquiagem no dia seguinte.

Os frios na barriga antes das provas e as noites passadas em claro em cima de papéis turvos serão substituídas pelas reuniões intermináveis e pelos prazos a serem cumpridos.

Novas conquistas virão, novas metas serão impostas e novos objetivos traçados mas nada substituirá as medalhas de honra ao mérito, as prêmios nos shows de talentos e a nota 10 da matéria mais chata.

Serão insubstituíveis simplesmente porque será deixada para trás a ingenuidade adolescente, a displicência juvenil, as brincadeiras de criança que naturalmente serão lembradas como passado.

Para os próximos passos dedicarei toda a minha humanidade, meu afeto e minha esperança, tentando sempre cultivar nos amigos os laços irrompíveis com as histórias já vividas.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Elos

Eu queria saber que fio da meada eu perdi. Onde foram parar as simpáticas tardes de sorvete na beira da piscina, o amor ingênuo das crianças, o aperto de mão que vale mais que beijo?

Sinto tanta falta dos pãezinhos com gosto de tranqüilidade, dos telefonemas mansos e das piadas alegres. Dos ensaios de dança, da bagunça às 15h30, do todynho que insistia em cair.

Costumo dizer que era feliz e sabia, sim! Nunca duvidei da alegria, das brisas matinais e das músicas que faziam os pés mexerem sem querer.

Até dói a saudade das excursões que pareciam voltas ao mundo, da tatuagem de canetinha, das marias-chiquinhas, da timidez tão singela.

Os tempos de prazer mais intenso terminam quando a ingenuidade é esvaziada. Nem o mal era tão mal nem o bem tão bem. Mas tudo vivia em perfeita harmonia. Assim, prejudicar uma pessoa era dedurar que ela não tinha feito a lição-de-casa e o benefício vinha na mesma moeda quando se ajudava alguém com um exercício mais complicado.

Hoje, de frente com a realidade que me persegue, fico buscando saídas para me esconder das armas que estão nas mãos de toda e qualquer pessoa. Perceba que o futuro está muito mais perto do que o passado e que as soluções são sempre as mais difíceis.

Pagar contas é o de menos apesar de sempre parecer o de mais. Complicado mesmo é encarar os dilemas da mulher/mãe, os desafios da mulher/trabalhadora, as tarefas da mulher/dona de casa, as incertezas da mulher/esposa, os avanços da mulher/mulher. Entendendo que os homens passam, relativamente, pelos mesmos caminhos.
Olho para trás e se não fossem as lembranças incrustadas na mente não reconheceria as crianças que por muito tempo dividi as mesmas histórias e o meu tempo mais precioso.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Um pedido de socorro

O mal dos dias de hoje mais do que muito café, comida gordurosa, trabalho excessivo, programas de televisão são os e-mails.

Comece a reparar. Tudo começa a ser um desastre quando você abre sua caixa de entrada. São prazos, cobranças, lembretes, recados, reuniões, problemas, decisões.

Eu, como jornalista, já ouvi mil vezes que é incrível como as tecnologias se multiplicaram mas os prazos estão em constante diminuição. Impossível encontrar alguém que conteste isso.

Hoje, por exemplo, meu dia ia bem, produzi bastante no trabalho, caminhei tranquilamente uns 30 minutos para chegar em casa, cheguei em casa tomei um bom prato de sopa (sim, estou de dieta), sentei em frente ao computador com um sorriso no rosto e PUM, PAF, SOC, TOIM, BLUM.... parecia que o mundo iria acabar dentro dos próximos dez minutos dada a quantidade de coisas que eu tinha pra resolver.

Quem encontrar meu post à deriva na rede poderá achar que sou a editora-chefe do Jornal Nacional. Ledo engano. O que me resta é uma comissão de formatura a dez dias do evento com uns 413,78 itens pra resolver.

Alguém me ajuda?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O famoso pé na bunda

Ele não acreditava em amor. Foi essa a conclusão que chegou quando seu fim de semana chegou ao fim. Estava desiludido dentro de um terno preto que segurava naturalmente uma pasta preta igual. O sol ardia em pleno meio-dia e ele dentro de um ônibus parado no trânsito. Seria isso que teria planejado quando na juventude pensava em seus trinta e poucos anos?

Estava lá resmungando pelo celular (que dentro do ônibus ganha proporções de megafone): "Não acredito mais no amor. Só encontro interesseiras. Acho que vou ser que nem aqueles executivos bem-sucedidos que só pensam em trabalho, se aposentam e vivem tranquilos".

A senhora do banco da frente não gostou: "Ainda existem umas e outras boas sim".

Ele fingiu que não escutou, prosseguiu o discurso inflamado contra a categroia de mulheres que não interessam por ele. Feio não era, mas tinha jeito daqueles chatos, pegadores de pé... Desceu com o fone preso no ouvido, meio cabisbaixo com o pé na bunda que tinha levado.

Mas esse é o final da história. O começo se deu no mesmo ambiente, nas mesmas condições, apenas uns cinco minutos antes. "A gente foi num restaurante, comemos umas comidas gregas (foi nessa hora que me interessei pelo papo). Gastei 160 reais. Ela levou uma amiga que não comeu. Depois quis tomar um café. Fomos na Ofisss (o que eu imagino que era Ofner). Depois pegamos um táxi na Paulista para Atílo Inocenti para ir na balada. Mais 24 reais para cada um. Elas nem se manifestaram. Paguei tudo. Beijo. Só ums beijinhos mixurucos. Ainda se tivesse dado beijo bom, beijo de novela, daí sim. Mas selinho aqui, selinho ali. E eu que pensei que nunca cairia nessa conversa. Tá bom, depois a gente se fala. Abração."

A menina que roubava livros

Pior que clichê é o não-clichê.
Algo que você não vê escrito todos os dias mas que tem a alma, o espírito de clichê.
É a expressão forçada, a palavra revolvida, a frase previsível.
Captei alguns exemplos:

Além do som do cheiro dos meus passos.

Um céu para chupar devagarinho.

As árvores usavam cobertores de neve.

Tinha os olhos frios e castanhos – feito manchas de café.

O céu parecia uma sopa, borbulhando e se mexendo.

Não restou outra coisa senão o nada da vida.

O espírito do menino estava mole e frio, feito sorvete.

Canelas que pareciam arame. Braços de cabide.

E isso porque ainda estou na página 30. Quando chegar na 478 não terei mais espaço para publicar. Apesar disso a história está me interessando. Mas tenho que parar, a vida de Casper Líbero me aguarda ansiosamente para mais uma matéria.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Atormentada

O que ninguém entende é que cansa. Detona, arrasa. Eu quero cama; a minha cama.



São listas, bagunças, agendas, prazos. Onde fica o tempo pras pernas ao ar? O momento do arrepio?



São tantas e tão confusas que ao invés de pararem, aumentam. E eu, estática.



O dia não chega e até lá fico inventando novas fórmulas, outros jeitinhos e as tardes se embolam e o novelo nunca desenrola.



Eu tenho que ir, pra ir de novo e nunca voltar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Eu tentei e não consegui

Nunca tente escrever mais de uma vez por noite. As ideias* são forçadas, as palavras não vêm. Por mais que você tente, tudo fica estranho, quase vulgar.

Interrompa a vontade. Escreva para quebrar a rotina de escrever sempre a mesma coisa. Só assim funciona. O resto não é gosto, é obrigação.

*O blog seguirá as novas regras do Acordo Ortográfico só quando eu lembrar quais são elas.

O não-fazer

Eu achei estranho. No começo da noite descobri que minha mãe também. Fiquei mais aliviada: esse sentimento era comum às duas.

É tão diferente que li jornal, assisti televisão, vi fotos e, agora, estou postando no blog.

Mas sabe que no final achei bom? Mais para frente vai dar para eu organizar os papéis, fazer artesanato, criar novas coisas e quem sabe escrever mais.

Minha cama, por outro lado, queria me expulsar. Eu resisti, mesmo com o barulho que entrava no meu quarto. Era uma manifestação pró-Palestina. Comecei a, internamente, gritar palavras de ordem. Deu uma vontadezinha de estar lá. Logo eu!
Só que o sono me acompanha a meses com uma intensidade louca. E, também por isso, foi melhor.

Apesar de tudo é um vazio. Como se estivesse deixando algo para trás. Sensação de esquecimento. Mas já conferi tudo e isso tenho certeza que não é.

O duro é começar a semana com essa preguiça.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Aquele instante!

Pulei sete ondas. Rezei pro céu. Abracei os amigos. Beijei o namorado.

Já era dia primeiro quando me dei conta do calor da situação, dos impulsos românticos, das tentativas de reconciliações.

Ainda era dia 31 quando caminhei pela areia interminável e percebi momentaneamente o raio da lua, a pressa em todos os instantes, a agitação do silêncio.

As malas, a comida transbordando, o gelo derretido, as buzinas enlouquecidas, os telefonemas ansiosos, a expectativa. São dois dias que parecem dez, ou mais. Ou algumas semanas, um mês, um ano.

O começo, o fim. Nunca o meio. Um segundo maniqueísta que separa o mal do bem ou, pior, o bem do mal. Antes nada, depois tudo. Percebem?

Li hoje: "É o pessoal tentando voltar à uma tal 'realidade' depois de uma suposta 'ficção' de prazeres nos feriadões de final de ano. Uma espécie de choque cultural ou profissional ou mesmo existencial coletivo".

Me poupem os hipócritas. Me poupem aqueles que não sentiram a brisa do mar, a comida da mãe, o avanço da maré, a terra nas mãos, a gota de suor. Me poupem os que não riram da sinceridade das crianças, das noites mal dormidas, das sons estranhos, da calma perdida.

E no ápice: "PUC eu sempre serei"....