segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O famoso pé na bunda

Ele não acreditava em amor. Foi essa a conclusão que chegou quando seu fim de semana chegou ao fim. Estava desiludido dentro de um terno preto que segurava naturalmente uma pasta preta igual. O sol ardia em pleno meio-dia e ele dentro de um ônibus parado no trânsito. Seria isso que teria planejado quando na juventude pensava em seus trinta e poucos anos?

Estava lá resmungando pelo celular (que dentro do ônibus ganha proporções de megafone): "Não acredito mais no amor. Só encontro interesseiras. Acho que vou ser que nem aqueles executivos bem-sucedidos que só pensam em trabalho, se aposentam e vivem tranquilos".

A senhora do banco da frente não gostou: "Ainda existem umas e outras boas sim".

Ele fingiu que não escutou, prosseguiu o discurso inflamado contra a categroia de mulheres que não interessam por ele. Feio não era, mas tinha jeito daqueles chatos, pegadores de pé... Desceu com o fone preso no ouvido, meio cabisbaixo com o pé na bunda que tinha levado.

Mas esse é o final da história. O começo se deu no mesmo ambiente, nas mesmas condições, apenas uns cinco minutos antes. "A gente foi num restaurante, comemos umas comidas gregas (foi nessa hora que me interessei pelo papo). Gastei 160 reais. Ela levou uma amiga que não comeu. Depois quis tomar um café. Fomos na Ofisss (o que eu imagino que era Ofner). Depois pegamos um táxi na Paulista para Atílo Inocenti para ir na balada. Mais 24 reais para cada um. Elas nem se manifestaram. Paguei tudo. Beijo. Só ums beijinhos mixurucos. Ainda se tivesse dado beijo bom, beijo de novela, daí sim. Mas selinho aqui, selinho ali. E eu que pensei que nunca cairia nessa conversa. Tá bom, depois a gente se fala. Abração."

Um comentário:

  1. sou Isadora Clavel moro em Sant'Ana do Livramento RS e qro muit um namorado!! quem quiser namora comigo add meu msn iachini_soltau@hotmail.com

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