sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Aquele instante!

Pulei sete ondas. Rezei pro céu. Abracei os amigos. Beijei o namorado.

Já era dia primeiro quando me dei conta do calor da situação, dos impulsos românticos, das tentativas de reconciliações.

Ainda era dia 31 quando caminhei pela areia interminável e percebi momentaneamente o raio da lua, a pressa em todos os instantes, a agitação do silêncio.

As malas, a comida transbordando, o gelo derretido, as buzinas enlouquecidas, os telefonemas ansiosos, a expectativa. São dois dias que parecem dez, ou mais. Ou algumas semanas, um mês, um ano.

O começo, o fim. Nunca o meio. Um segundo maniqueísta que separa o mal do bem ou, pior, o bem do mal. Antes nada, depois tudo. Percebem?

Li hoje: "É o pessoal tentando voltar à uma tal 'realidade' depois de uma suposta 'ficção' de prazeres nos feriadões de final de ano. Uma espécie de choque cultural ou profissional ou mesmo existencial coletivo".

Me poupem os hipócritas. Me poupem aqueles que não sentiram a brisa do mar, a comida da mãe, o avanço da maré, a terra nas mãos, a gota de suor. Me poupem os que não riram da sinceridade das crianças, das noites mal dormidas, das sons estranhos, da calma perdida.

E no ápice: "PUC eu sempre serei"....

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