segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A menina que roubava livros

Pior que clichê é o não-clichê.
Algo que você não vê escrito todos os dias mas que tem a alma, o espírito de clichê.
É a expressão forçada, a palavra revolvida, a frase previsível.
Captei alguns exemplos:

Além do som do cheiro dos meus passos.

Um céu para chupar devagarinho.

As árvores usavam cobertores de neve.

Tinha os olhos frios e castanhos – feito manchas de café.

O céu parecia uma sopa, borbulhando e se mexendo.

Não restou outra coisa senão o nada da vida.

O espírito do menino estava mole e frio, feito sorvete.

Canelas que pareciam arame. Braços de cabide.

E isso porque ainda estou na página 30. Quando chegar na 478 não terei mais espaço para publicar. Apesar disso a história está me interessando. Mas tenho que parar, a vida de Casper Líbero me aguarda ansiosamente para mais uma matéria.

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