quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O melhor presente do mundo

Na iminência da perda, no toque de recolher, na gota que se despreende os laços ficam mais fortes, a mão se aperta contra o corpo e o sorriso teima a desaparecer. E assim se revela o lado mais puro e duradouro do sentimento.

Onde reside a alegria e a felicidade, a esperança, o desejo, a paixão, não moram a tristeza, o tédio, o rancor e a mágoa. Mas assim, entre um gole de café e um bocejo, os habitantes de um lado passam a duelar com os do outro. A confusão está armada e as lágrimas, reflexo dos golpes de espada, começam a rolar para banhar onde não há luz.

Mas daí começam os beijos, os abraços e os carinhos e os inimigos naturalmente acabam a batalha, declarando que só há um vencedor. Até que um outro dia os acordos de paz são quebrados e o conflito é retomado. As cenas se repetem, mas enquanto as flores não murcham - elas duram mais de ano - nada acaba em tragédia.

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